Memorial
Implementar um projeto em três lotes com uma densidade arbórea típica de mata atlântica confrontante com um parque municipal e em declive acentuado, foi o desafio lançado à arquitetura nesta belíssima localização.
Terreno limitado pela cota 100 e pelo acesso íngreme da Sacopã mostrou logo qual seria a melhor zona para implantação da edificação. Por se tratar de um local de difícil acesso, de uma zona residencial consolidada optamos por um partido que priorizasse a metodologia construtiva. Estrutura metálica e steel deck no lugar da convencional estrutura de concreto, painéis de Viroc e gesso acartonado no lugar de paredes de alvenaria foram algumas das soluções de metodologia construtiva adotadas.
Um local tão nobre e com uma vista inigualável para a Lagoa Rodrigo de Freitas, mereceu uma baixa utilização de potencial construtivo e a opção por apartamentos de quatro suítes de 200 m². Uma planta generosa integrada a varandas contínuas, que funcionam como espaço de ampliação e conexão com o exuberante exterior de mata atlântica e vista privilegiada.
A inserção dentro da mata norteou também a opção pela composição exterior da arquitetura, o ferro da estrutura e a madeira dos brises verticais que remontam a materiais naturais.
A arquitetura optou por não sobressair dentro da paisagem urbana fazendo seu acesso em declive pela Rua Vitória Régia e implantando sua edificação longe da testada da Rua Sacopã, mimetizando a arquitetura com a sua evolvente.
De forma a diminuir a quantidade de elementos de ligação, optou-se por apartamentos duplex na ala inferior da edificação, valorizando com isso o espaço entre alas como espaço de convívio.
Foi proposta da arquitetura também a criação de uma zona de preservação permanente junto à encosta não ocupada do lote no intuito de manter a baixa densidade local, fator preponderante da qualidade deste empreendimento.
Ficha Técnica
ATC (área do total)
3926,90 m²
ATE (área total edificada)
2914,30 m²
ATP (área total privativa)
3201,96 m²
No pavimentos
4
No total de unidades
16