Memorial
Através de uma implantação espraiada similar a forma de U conseguimos direcionar os ambientes para a vista do vale na Serra Fluminense, garantindo a conexão visual entre o exterior e o interior, além do diálogo de 3 volumes organizados espacialmente por um pátio central. Esta organização é obtida através da movimentação da terra contida pelos muros de arrimo feitos de pedra, que criam diferentes níveis no projeto e propiciam a maior interação o corpo com o espaço.
Neste jogo de disposição de volumes e níveis, a planta térrea é utilizada privilegiando as trocas entre pessoas, corpo e espaço, e privilegia a convivência, a informalidade e a proximidade da família e amigos que a ocuparão. Já o sistema estrutural disposto em ângulos retos é feito de pré-moldados em metal que se contrastam da madeira dos fechamentos vazados e das paredes brancas de alvenaria, aflorando a percepção visual das materialidades e texturas na sua composição com a natureza local.
Trabalhando a paisagem e a quarta dimensão, o tempo, os painéis fixos vazados filtram a luz natural na parte superior da fachada, gerando momentâneos desenhos da luz, típicos da própria passagem do dia e das estações, que serão acolhidos dentro dos ambientes. Este volume de acesso possui pé direito duplo com uma camada de vidro e painéis vazados na parte superior da fachada e oferece espaços de chegada e de estar. Já os outros dois volumes que conformam a implantação possuem áreas de uso privado e áreas de lazer, estes dois volumes tem acesso pelo pátio central e possuem na quinta fachada, suas coberturas, cobrimento vegetal que os camuflam ao terreno quando vistos rua acima.